Ensaio
O Começo Sou Eu
Um corte de destinos anuncia caminhos para horizontes invisíveis.
A imaginação, cujo mistério confunde o presente-que-se-vive com as memórias de um passado, inaugura em mim certos sonhos de cera, embaçados. Neles, até o tangível se dilui e vejo pegadas que não caminhei. Experimento tempos que não vivi. Me despeço das dores. Faço as pazes com as lembranças carregadas de asperezas. Ultrapasso o real para ficar com os desejos que plantei no exato lugar daquilo que matei. É a vida, prenhe de movimento, rica de invenção, mas ainda sim lídima. Uma casa, circular e quente como o toco da vela ainda fresco.
Tudo acaba nessa íris. O começo sou eu.
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